sábado, 15 de janeiro de 2011

EUA se aproxima de Cuba e vice-versa(?)

Obama relaxa embargo contra Cuba



Por Andre Araujo
 
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2011/01/14/AR201101...

Materia que passou batida na nossa imprensa, o Presidente Obama  relaxou  esta semana varias regras do embargo contra Cuba, permitindo voos de todos os aeroportos internacionais dos EUA para Havana, até agora so eram permitidos voos de Miami e Dallas, espera-se uma explosão do turismo de americanos para Cuba.

permitindo remssa de dinheiro até 500 dolares por remetente mesmo que não seja para a familia, remessa de pacotes livremente e o mais importante do que tudo PERMITINDO INVESTIMENTO DE AMERICANOS EM CUBA, o que no momento é retorico mas que abre uma porta para pequenos negocios que podem ser o inicio da reinserção de Cuba do modelo concorrencial.

A Deputada Federal Ileana Ros Lehtinen, Republicana de Miami, nova Presidente da Comissão de Relações Exteriores da Camara e que nasceu em Havana,  protestou, como não poderia deixar de ser mas outros deputados da Florida apoiaram o Presidente. Lembremos que desde 2002 a exportação de trigo e grãos em geralestá fora do embargo, com o que os EUA se tornaram o maior fornecedor de alimentos para Cuba, na escala de US$2 bilhões, pagos por Cuba em dinheiro, que vem da venezuela direta ou indiretamente, via petroleo dado a Cuba (80 mil barris dia).

A imprensa americana e inglesa ( Guardian)  acredita que há um entndimento discreto entre o Governo americano e Raul Castro para a doção dessas medidas, que só tem sentido se tiverem a concordancia do Governo cubano, pois aviões só podem pousar com o consentimento dos cubanos, da mesma forma que as remessas de dinheiro e de produtos e mais ainda, a possibilidade de investimentos.

É bom lembrar que os EUA possuem em Havana um grande escritorio, sem o status de representação diplomatica, com o nome de SEÇÃO DE INTERESSES DOS ESTADOS UNIDOS, que funciona sob a bandeira suissa. Esse escritorio se localiza no mesmo predio de nove andares aonde funcionava a antiga Embaixada americana em Havana, foi recentemente reformado e abriga cerca de 600 funcionarios. A SEÇÃO DE INTERESSES tem feito muitos seminarios para cubanos, sobre administração municipal, comercio exterior, informatica, etc., o que pressupõe ao menos a não oposição do Governo cubano a essas atividades.

Se existir uma possibilidade de melhoria das relações EUA-Cuba será com Obama, que tem demonstrado coragem mesmo tendo agora uma Camara controada pelos Republicanos e pior ainda, uma Comissão de Relaçoes Exteriores presidida por uma cubana de Miami.

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