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sexta-feira, 29 de abril de 2011
o único gringo da alcoa
O que é bom para os EUA é bom para
o Brasil? A urubóloga acha que não
A colunista Miriam Leitão, em seu comentário de hoje na CBN, insiste que é apenas “política” e “pressão do Governo”.
Ela própria, porém, mostra como “política” e “oposição ao Governo” é o seu jornalismo.
Ela diz que o consórcio vencedor foi “montado dentro do Palácio do Planalto” e que a Vale fazia parte de outro.
O vencedor tinha 49,98% de participação estatal. O perdedor, “apenas” 49%.
O controle do grupo vencedor, de toda forma, seria estatal, já que a Eletronorte anunciou previamente sua decisão de participar com 30 a 35% do negócio.
A diferença entre as propostas dos dois consórcios foi estreita: 5%.
E a participação da Vale no grupo derrotado era de 12,75%.
Maior, portanto, do que a que fará agora, limitada a 9%.
E a Vale, com diversas unidades produtoras próximas a Belo Monte não tinha interesse no projeto? Entrou agora só para “agradar” o Governo? E antes, porque tinha entrado – até com mais dinheiro – na disputa?
O curioso é que a participação em Belo Monte elevará a autossuficiência energética da Vale para 63% de seu consumo.
Menos que os 70% de autossuficiência que a americana Alcoa está atingindo com a recente entrada em operação da Usina de Estreito, entre o Maranhão e Tocantins, da qual a Vale também é sócia.
O presidente da Alcoa América Latina e Caribe, Franklin Lee Feder, que é um americano que vive no Brasil há 50 anos, comemorou ter alcançado este índice:
“É um marco histórico para a Alcoa. Estamos felizes por esta conquista e por saber que muito em breve teremos 70% de autossuficiência energética em nossas operações. Todos os esforços que temos feito nesse sentido estão refletidos neste importante resultado”.
O senhor Feder, nascido nos Estados Unidos e presidente de uma multinacional, não é um esquerdista e, como todo executivo, gosta de lucros. Mas, como você pode ver no vídeo acima, tem um julgamento melhor sobre o Brasil do que o de Roger Agnelli. E que o de Miriam Leitão e muitos colunistas econômicos.
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