EUA liberam centenas de rádios comunitárias
Somos andando
Notícia um tanto irônica. Nos EUA, onde o radicalismo à direita – que tende a concentrar o poder, e a informação é um poder – ganha cada vez mais força, o governo Obama conseguiu promulgar uma lei que facilita que rádios comunitárias obtenham permissão de funcionamento. Já no Brasil, do governo Lula, que investiu cifras nunca antes vistas em programas sociais e tirou da pobreza milhões de pessoas, a comunicação ainda é tabu.
Depois de oito anos nas mãos do PMDB, com um representante da imprensa tradicional no comando, o Ministério das Comunicações agora ganha um nome de peso do PT para enfrentar o vespeiro e mudar alguma coisa no governo Dilma. Se há uma área em que o governo Lula envergonhou a esquerda brasileira foi na Comunicação. O governo que mais fechou rádios comunitárias leva agora uma lição de onde menos se poderia esperar. O vizinho do Norte, conservador, é mais democrático na área que o Brasil.
A matéria é do Knight Center for Journalism in the Americas, obtida através de divulgação da @carolinamaia.
Cerca de 800 estações LPFM já estão no ar nos Estados Unidos e, em muitos casos, servem como única fonte de notícias e informações locais às comunidades onde se encontram. A WQRZ-LP, “Katrina Radio”, ajudou os moradores do condado de Hancock, no Mississipi, antes, durante e depois do furacão Katrina na costa do Golfo do México em 2005. Em Bend, em Oregon, assim como em Sarasota, na Flórida, e em outras comunidades do país, os departamentos locais de notícias transmitem conteúdo das estações LPFM.
A nova lei flexibiliza as exigências para conseguir as permissões. Os grupos que desejem fundar uma emissora podem se dedicar ao plano enquanto aguardam uma decisão da Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) sobre os prazos de inscrição.
A maioria das rádios LPFM hoje no ar é operada por escolas e organizações cívicas e religiosas. Inevitavelmente, muitas comunidades irão enfrentar verdadeiras batalhas pelas permissões entre os grupos que desejam criar novas emissoras.
Para os que estão preocupados com a situação do jornalismo nos Estados Unidos, esta é a oportunidade perfeita para considerar novas formas de jornalismo comunitário e sem fins lucrativos em um meio de comunicação como o rádio, já testado e aprovado pelo tempo. Enquanto isso, a coalização de movimentos e grupos que defenderam a nova legislação podem direcionar seus esforços para auxiliar as comunidades a fazer o melhor uso das rádios locais.
Depois de oito anos nas mãos do PMDB, com um representante da imprensa tradicional no comando, o Ministério das Comunicações agora ganha um nome de peso do PT para enfrentar o vespeiro e mudar alguma coisa no governo Dilma. Se há uma área em que o governo Lula envergonhou a esquerda brasileira foi na Comunicação. O governo que mais fechou rádios comunitárias leva agora uma lição de onde menos se poderia esperar. O vizinho do Norte, conservador, é mais democrático na área que o Brasil.
A matéria é do Knight Center for Journalism in the Americas, obtida através de divulgação da @carolinamaia.
Nova lei permite funcionamento de centenas de rádios comunitárias nos Estados Unidos
A Lei de Rádios Comunitárias, promulgada pelo presidente Barack Obama na semana passada depois de uma década de campanha dos defensores das emissoras locais, permitirá que centenas e, talvez, milhares de comunidades em todo o território americano – especialmente nas zonas rurais – consigam as permissões necessárias para operar emissoras de baixa potência de frequência modulada (LPFM, na sigla em inglês) atingindo comunidades inteiras. O avanço abre novas possibilidades para o jornalismo local.Cerca de 800 estações LPFM já estão no ar nos Estados Unidos e, em muitos casos, servem como única fonte de notícias e informações locais às comunidades onde se encontram. A WQRZ-LP, “Katrina Radio”, ajudou os moradores do condado de Hancock, no Mississipi, antes, durante e depois do furacão Katrina na costa do Golfo do México em 2005. Em Bend, em Oregon, assim como em Sarasota, na Flórida, e em outras comunidades do país, os departamentos locais de notícias transmitem conteúdo das estações LPFM.
A nova lei flexibiliza as exigências para conseguir as permissões. Os grupos que desejem fundar uma emissora podem se dedicar ao plano enquanto aguardam uma decisão da Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) sobre os prazos de inscrição.
A maioria das rádios LPFM hoje no ar é operada por escolas e organizações cívicas e religiosas. Inevitavelmente, muitas comunidades irão enfrentar verdadeiras batalhas pelas permissões entre os grupos que desejam criar novas emissoras.
Para os que estão preocupados com a situação do jornalismo nos Estados Unidos, esta é a oportunidade perfeita para considerar novas formas de jornalismo comunitário e sem fins lucrativos em um meio de comunicação como o rádio, já testado e aprovado pelo tempo. Enquanto isso, a coalização de movimentos e grupos que defenderam a nova legislação podem direcionar seus esforços para auxiliar as comunidades a fazer o melhor uso das rádios locais.