sexta-feira, 30 de setembro de 2011

"Chega de hipocrisia! Abaixo a sonegação! "

Direita e sua mídia são contra o SUS

 
Blog do Miro

Por Messias Pontes, no sítio Vermelho:

O Sistema Único de Saúde – SUS - universalizou a saúde no Brasil, atingindo 190 milhões de brasileiros, enquanto a saúde privada cobre apenas 25% da população e é muito cara e já não presta o mesmo serviço de dez anos atrás. Apesar das deficiências, o SUS é o maior e melhor sistema de saúde do mundo, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Quando ministro da Saúde do desgoverno neoliberal tucano-pefelista do Coisa Ruim (FHC), o médico cardiologista Adib Jatene propôs a criação de um tributo exclusivo para a saúde no País. Surgiu então o IPMF com alíquota de 0,25% sobre toda movimentação financeira, sendo substituída pela CPMF – Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira que o Coisa Ruim aumentou para 0,38%, destinando parte para outras rubricas. Por não aceitar que parte substancial da receita da CPMF fosse destinada à Previdência Social e ao pagamento de juros da dívida, Adib Jatene deixou o Ministério da Saúde e denunciou a falta de compromisso para com a saúde pública.

Sob a presidente Luiz Inácio Lula da Silva os recursos da CPMF continuaram sendo desviados totalmente da saúde, e somente com a iminência de não ser prorrogada é que Lula propôs que 100% da CPMF fossem destinados à saúde pública e deixasse de ser incidida sob qualquer valor para incidir sobre valores superiores a R$ 3.691,00, portanto superior ao teto da Seguridade Social, atingindo tão-somente 5% da população economicamente ativa.

Como o demotucanato e afins (PPS) e sua velha mídia conservadora, venal e golpista faziam – e continuam a fazer com a presidenta Dilma Rousseff – oposição não ao presidente Lula mas ao povo, a CPMF não foi prorrogada, deixando o País de arrecadar a preço de hoje R$ 56 bilhões, cabendo ao estado do Ceará R$ 1,5 bilhão por ano, recursos suficientes para cobrir o custeio com a saúde pública.

Não é preciso dizer que se fosse um neoliberal tucano o presidente da República, com certeza o demotucanato teria votado a favor da sua prorrogação. Os então prefeitos e governadores tucanos queriam a prorrogação do tributo, porém os parlamentares do PSDB, do Demo, do PPS e da banda podre do PMDB, tendo no comando da tropa de choque os senadores tucanos Tasso Jereissati e Arthur Virgílio Neto, comprometidos somente com as elites econômicas das quais fazem parte, e com os maiores sonegadores deste País, conseguiram impedir a prorrogação da contribuição exclusiva para a saúde pública. Nas eleições do ano passado os cearenses e amazonenses mandaram os dois para casa cuidar dos netos.

Hoje, dente 193 países, o Brasil ocupa a vergonhosa 72ª posição no ranking da OMS em investimento em saúde pública, ficando atrás da Argentina, do Uruguai e do Chile, mesmo tendo o Brasil a economia mais pujante da América do Sul.

A CPMF precisa retornar para garantir que os 190 milhões de brasileiros tenham acesso à saúde pública de qualidade e, principalmente, para evitar a sonegação, já que ela é o principal instrumento de combate à sonegação e à lavagem de dinheiro, notadamente dos narcotraficantes, dos bicheiros e de outras atividades ilícitas. No Brasil, de cada real pago de imposto, três reais são sonegados. Para se ter uma ideia dessa aberração, dos 100 maiores contribuintes da CPMF, 60 não declaravam imposto de renda.

Após a derrubada da CPMF, o ex-ministro Adib Jatene encontrou-se com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Paulo Skaf, na entrada de um shopping center da capital paulista e foi ríspido com ele: “Vocês são contra a CPMF porque com ela vocês não podem sonegar. Por que você não são contra a COFINS que tem uma alíquota dez vezes maior? Vocês não são contra a COFINS porque esta vocês sonegam”, enfatizou Jatene.

Os grandes sonegadores, os colonistas e demais jornalistas amestrados repetem à exaustão que “a sociedade não aceita aumentar a carga tributária”. Por acaso essa gente tem procuração de 95% da população brasileira para falar em seu nome? São, na realidade, mentirosos, enganadores e hipócritas que usam a velha mídia para iludir e manipular os próprios usuários do SUS com a falsa afirmativa de que todos perdem com a CPMF.

A grande verdade é que nenhum produto ou serviço diminuiu um centavo sequer com o fim da CPMF. Chega de hipocrisia! Abaixo a sonegação!

"O massacre aconteceu em 2 de outubro de 1992"

19 anos do Massacre do Carandiru

 
Blog do Miro

Do sítio do jornal Brasil de Fato:

Diversas organizações promoverão, no domingo (02), em São Paulo, um ato para lembrar os 19 anos do Massacre do Carandiru. A manifestação ocorrerá a partir das 15h no Parque da Juventude (onde se localizava a antiga Casa de Detenção, na zona norte da capital paulista).

O ato deste domingo também marca o início de uma agenda intensa de mobilizações que ocorrerão no próximo ano, quando se completarão duas décadas do massacre.

O massacre aconteceu em 2 de outubro de 1992. Acionada para controlar um conflito no Pavilhão 9 da Casa de Detenção de São Paulo, a Polícia Militar invadiu o local com 360 soldados, que mataram 111 detentos. O episódio é considerado um dos mais violentos casos de repressão a rebelião em presídios.

A casa de detenção foi desativada em setembro de 2002 e já chegou a ser considerada, por anos, a maior prisão da América Latina.

O ato lembrará também a falta de punições para os responsáveis pelo massacre. Dos envolvidos, o único a receber condenação foi o coronel Ubiratan Guimarães (morto em 2006), que comandou a operação policial. No entanto, a sentença que o condenava a 632 anos de prisão foi anulada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Segundo o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), entre 1995 e 2005 a população carcerária no país cresceu 143,91%, passando de cerca de 148 mil presos para mais de 361 mil. Já entre dezembro de 2005 e dezembro de 2009, o número de detentos aumentou de 361.402 para 473.626, o equivalente a um crescimento, em quatro anos, de 31,05%.

Já no estado de São Paulo, segundo dados oficiais do governo, diariamente, cem pessoas deixam as prisões paulistas, enquanto outras 137 são encarceradas.

direito ao aborto é debatido na web


Legalização do aborto é debatida na web e silenciada na grande mídia


Jornalismo B

O artigo a seguir é uma colaboração de Niara de Oliveira*, especial para o Jornalismo B

O Dia Latino-Americano pela Legalização do Aborto na América Latina e Caribe de 2011 foi marcado no Brasil por uma blogagem coletiva convocada pelas Blogueiras Femenistas e por um tuitaço (esforço concentrado na rede social e microblog Twitter) que manteve a hashtag #legalizaroaborto em 1º lugar nos Trending Topics Brasil – como expressão mais citada no Twitter – durante quase todo o dia.

Se por um lado o esforço virtual das feministas nas redes sociais foi um sucesso, não podemos dizer o mesmo dos demais meios de comunicação que sequer citaram o dia 28 de setembro, e isso vale também para a ampla maioria das chamadas redes da imprensa alternativa. Basta fazer um busca rápida no google para comprovar. Afora o próprio Blogueiras Feministas juntamente com os blogues individuais que atenderam ao chamado da blogagem coletiva, apenas a Revista Fórum – que republicou um texto da jornalista Karol Assunção, da Adital e um texto excelente do Túlio Vianna – e a Rede Brasil Atual – registrando a atividade das feministas em São Paulo – deram atenção ao assunto. Para os demais, passou batido.

O movimento feminista tem apenas três datas durante o ano em que concentra esforços e organiza coletivamente atividades e ações unificadas para terem o mínimo de destaque. São elas o 8 de Março – Dia Internacional da Mulher -, o 28 de setembro e o 25 de novembro – Dia Latino-americano de luta pelo fim da violência contra a mulher -, e até as pedras sabem disso. Não dar destaque vendo toda essa movimentação e barulho que fizemos é uma opção e sabemos disso.



Sabíamos também que a grande imprensa não tocaria no assunto. Afinal, para uma imprensa preconceituosa (vide o mico internacional pago no dia anterior com o título de Doutor Honoris Causa do Instituto Sciences Po, da França, concedido ao ex-presidente Lula) e com recortes claros de classe, não faz sentido divulgar uma luta que se preocupa com a vida de mulheres pobres e negras, as grandes vítimas de abortos mal feitos no país. Além de ser um assunto polêmico pelo seu viés moralista e religioso, sabemos que a grande imprensa só o usa quando lhe é útil, como no caso da campanha eleitoral de 2010 em que a então candidata Dilma Rousseff foi “acusada” de defender a legalização do aborto e criou-se um clima de pânico em torno da questão.

Mesmo sabendo que o assunto só foi explorado por um erro monumental da coordenação da própria candidata, que respondeu oficialmente num dos programas de tevê a um spam (a versão eletrônica dos boatos, algo muito comum em todas as campanhas eleitorais), o resultado para as mulheres e para a luta pela descriminalização do aborto no Brasil foi desastroso. O movimento feminista tem muito a recuperar nessa luta específica do aborto e demonstra estar disposto a isso. Falta apenas conseguirmos colocar o bloco pró-legalização do aborto na rua, tal e qual estamos fazendo com a marcha das vadias (slutwalk) – passeatas pelo fim da violência contra mulher, pelo direito de nos vestirmos como quisermos e pelo direito ao nosso corpo. Quem sabe não esteja aí o viés, o ponto comum, entre essas duas lutas tão necessárias do movimento feminista.

Os links dos principais posts que circularam através da hashtag #legalizaroaborto e #AbortoLegal (hahstag usada pelos demais países latino-americanos) estão no post Blogagem Coletiva Pela Descriminalização e Legalização do Aborto do Blogueiras Feministas. Além deles tivemos dois guest posts no blog Escreva Lola Escreva – “Fiz um aborto e não sofri” e “Fiz um aborto e quero respeito” -, um post excelente da Cynthia Semiramis “pela legalização do aborto” e o excelente texto do Dr. Drauzio Varella sobre “a questão do aborto“:

“Não há princípios morais ou filosóficos que justifiquem o sofrimento e morte de tantas meninas e mães de famílias de baixa renda no Brasil. É fácil proibir o abortamento, enquanto esperamos o consenso de todos os brasileiros a respeito do instante em que a alma se instala num agrupamento de células embrionárias, quando quem está morrendo são as filhas dos outros.”

Nesta blogagem coletiva o destaque vai para o texto da jornalista Amanda Vieira, que questionou: “e o desejo de ser mãe, onde fica?“, e chamou a atenção para o fato de que essa mesma sociedade que proibe o aborto e condena milhares de mulheres à morte por abortos mal feitos (as pobres e negras, porque as ricas e brancas o fazem confortavelmente assistidas em clínicas sofisticadas) não dá nenhuma assistência à maternidade.

No tuitaço, um destaque especial ao Leonardo Sakamoto e ao Drauzio Varella que além de manterem o bom humor, passaram o dia juntos conosco na hashtag respondendo a verdadeiros absurdos e argumentando sem rebaixar o debate ao nível das acusações que nos foram feitas.

*Niara de Oliveira é jornalista – www.pimentacomlimao.wordpress.com

A Copa passa por cima das moradias populares...

Marcha em defesa da moradia





Moradores do bairro Cristal, na Zona Sul de Porto Alegre, realizam uma caminhada na tarde deste sábado (01/10) em defesa da moradia digna. A concentração será às 14h na Avenida Icaraí. Os manifestantes são moradores do local que serão removidos pela prefeitura de Porto Alegre devido à duplicação da Avenida Tronco (obra considerada prioritária para a Copa do Mundo de 2014) e ao PISA (Programa Integrado Socioambiental). A atividade é organizada pela comunidade e pelo Comitê Popular da Copa Porto Alegre.

Os moradores exigem serem reassentados na própria região. Até o momento, a prefeitura de Porto Alegre não apresentou as áreas em que as famílias serão removidas. Para a duplicação da Avenida Tronco, cerca de 1.300 famílias terão que deixar as suas casas. Para o PISA, serão ao menos outras mil famílias.

A comunidade reivindica que a área da cocheira do Hipódromo do Cristal (Jóquei Clube), de 16 hectares, que fica na região, seja destinada para a construção de moradia popular. No terreno, poderiam ser abrigadas as famílias que serão removidas e demais comunidades da região que habitam zonas de risco. Em caso de chuva, atividade será cancelada.

"E não fica só nisso, o delírio conservador..."


Pesquisas revelam descrédito da grande imprensa e da oposição





Na semana que termina, foram divulgadas duas pesquisas de opinião que permitem conclusões que vão além daquilo que pretenderam apurar. Uma delas foi feita pelo Instituto Análise, do sociólogo Alberto Carlos Almeida, autor do livro A Cabeça de Eleitor, e a outra é de autoria do sociólogo tucano Antonio Lavareda.

Ambas revelam um quadro desalentador para uma oposição que, a despeito de contar com um apoio propagandístico e estratégico da grande imprensa que dispensa maiores comentários, há quase uma década vem fracassando em voltar a ser uma real alternativa de poder, aos olhos da população.

O que mais chama atenção é a resiliência da popularidade do ex-presidente Lula. Nove meses após deixar o poder, período durante o qual tem sofrido uma campanha negativa na imprensa ainda maior do que a que permeou seus dois mandatos, e ainda não tendo mais os meios de se manifestar que a Presidência da República concede naturalmente aos seus ocupantes, sua popularidade está mais forte do que nunca.

A pesquisa do instituto Análise mostra que, após oito meses (foi fechada em agosto) de governo Dilma, a boa lembrança de Lula continua intacta entre o eleitorado e influenciando decisivamente o jogo político e eleitoral. Para Alberto Almeida, coordenador do instituto, um dos dados que chamam mais atenção é a permanência da popularidade de Lula – o que o torna um fator de extremo desequilíbrio no jogo presidencial.

Durante o seu governo, Lula alcançou 80% de aprovação (ótimo + bom). Agora, com a artilharia da mídia contra si, as teses sobre “herança maldita”, as “marchas contra a corrupção” convocadas pela mídia e que visam seu período de governo, a aprovação do ex-presidente subiu e chegou a 82%. Segundo Almeida, “Isso significa que o eleitorado está com saudades de Lula”.

Ironicamente, a pesquisa divulgada pelo jornal Valor Econômico revela ainda um fato que, analisado pelo prisma correto, mostra que a grande imprensa, além de não ter credibilidade para desmoralizar Lula, pode estar reduzindo a popularidade da presidente Dilma com sua tentativa de forjar uma suposta ruptura política e administrativa de seu governo com o de seu padrinho político.

A aprovação ao governo Dilma é exatamente a metade da de seu antecessor: 41% de “ótimo” e “bom”. E enquanto 3% dos entrevistados consideram que Lula foi ruim ou péssimo, 16% avaliam Dilma como tal. Nesse aspecto, as tentativas da presidente de tentar manter uma relação civilizada com a imprensa podem estar sendo vistas como “traição”.

A pesquisa também mostra que o governo Lula se tornou medida de comparação para o povo. Os que aprovam a administração Dilma Rousseff justificam a opinião com a percepção que têm de que a presidente está “dando continuidade ao que o Lula fez”.

Para os que previsivelmente dirão que a pesquisa do instituto análise é “comprada”, que o instituto é “petista” etc., vale analisar pesquisa levada a cabo pelo cientista político tucano Antonio Lavareda, pesquisa que, na semana que termina, pôs o PSDB em pânico.

Caciques tucanos se insurgiram contra a divulgação da pesquisa devido ao quadro tétrico que revelou, pois confirma todos os dados da pesquisa do instituto análise e mais alguns outros, todos altamente negativos para a oposição. Revela que, hoje, tanto José Serra quanto Aécio Neves não teriam a menor chance numa disputa com Dilma e muito menos com Lula.

Por fim, o PT pode dormir tranqüilo por conta da forma como o alto escalão tucano avaliou a pesquisa de Lavareda. Ao menos na visão do presidente do partido, Sergio Guerra, os tucanos devem insistir nas táticas de luta pelo poder que permearam a década passada.

Em primeiro lugar, a idéia “brilhante” dos tucanos é a de insistir ainda mais na teoria de que tudo que Lula realizou se deve ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Julgam que, apesar de a grande imprensa repetir essa teoria há quase 10 anos, ela ainda não se fixou na mente do eleitorado porque nas campanhas eleitorais o ex-presidente costuma ser “escondido” pelo seu partido.

A avaliação tucana não debita essa ocultação de FHC pelos seus pares à péssima lembrança que seu governo deixou nos brasileiros e que foi a responsável pela tentativa praticamente desesperada de votarem no enigma Lula em 2002, buscando como que uma última alternativa para um país que parecia não ter jeito antes de o PT chegar ao poder.

Por absurdo que pareça, a interpretação da oposição declarada e da dissimulada é a de que FHC só não desfruta de bom conceito por conta de não ser suficientemente exaltado e, assim, imprensa e oposição partidária podem passar a empreender uma forte campanha pela reabilitação de seu “legado”.

E não fica só nisso, o delírio conservador. Devido ao grande “sucesso” das campanhas moralistas que a direita empreendeu contra o governo Lula e que continua empreendendo contra o governo Dilma, a avaliação do presidente do PSDB e da parcela do partido que o apóia é a de que se deve insistir ainda mais na criminalização do PT e do ex-presidente Lula.

É possível prever, assim, que, nos próximos meses, oposição e mídia devem intensificar o denuncismo contra o legado de Lula e contra o governo Dilma, bem como a exaltação da era FHC e a difusão da tese de que tudo que está acontecendo de bom hoje no país se deve a um governo que terminou, em 2002, sob forte desaprovação da sociedade.

Dilma, Lula e o PT deveriam agradecer aos adversários. Se bobear, ainda farão com que Lula seja canonizado.

cadeia para os corruptores, e você... sabe quem são?


Carlos Zarattini: Empresas corruptoras têm de ser punidas


Viomundo

por Carlos Zarattini

O Brasil presencia há décadas inúmeras denúncias de corrupção. A toda hora surgem nomes de funcionários e agentes públicos, de políticos, mas as empresas corruptoras passam praticamente ao largo do noticiário. A corrupção não surge do nada, ela tem origem em interesses empresariais poderosos, de olho nos contratos de bilhões de reais que o setor público, nos três níveis da administração, oferece todos os anos. Como inexiste uma legislação rigorosa para punir os corruptores, o mal continua a impregnar as relações entre o setor público e o privado. O Brasil não pode mais conviver sem uma legislação rigorosa que puna as empresas corruptoras.

A exemplo do que ocorre em democracias mais avançadas, precisamos contar com regras duras e cristalinas para a punição não só dos corruptos, mas também da outra ponta do processo de corrupção, justamente as empresas que irrigam as burras de dinheiro ílicito. Na Câmara, já há uma comissão especial para tratar do projeto de lei nº 6826, que dispõe sobre a responsabilidade administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública nacional e estrangeira.

A matéria é de extrema importância, sobretudo se considerarmos que não há corrupto sem corruptor. Essas empresas geram um mal em toda a sociedade, não só pelo fato de retirar da sociedade recursos públicos valiosos, via superfaturamento e outras tramoias, como também por impregnar na população um sentimento de frustração em relação ao trato do bem público. A teoria de Gerson, de que se pode levar vantagem em tudo, é destruidora dos princípios que devem nortear uma sociedade civilizada. A impunidade não pode perdurar. Uma das penas deve ser a a proibição de se firmar contratos com as três esferas da administração pública.

O PL 6826, enviado no ano passado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é de extrema importância. Vai colocar o Brasil ao lado de países que avançaram em suas legislações no sentido de punir as empresas corruptoras. No Reino Unido, Estados Unidos , Alemanha, por exemplo, é comum haver denúncias de escândalos envolvendo empresas, mas esses países contam com uma legislação avançada, que permite punição aos infratores.

CORRUPÇÃO CORPORATIVA

No Reino Unido, recentemente entrou em vigor uma lei que fecha o cerco à corrupção corporativa, chamada “UK Bribery Act”, que transforma em crime o pagamento de propina, independentemente das partes envolvidas. É uma legislação similar à dos EUA, punindo o ato de corromper com multas milionárias. Segundo especialistas, a legislação, ao lado da similar norte-americana que pune o ato de corromper com multas milionárias – a Foreign Corrupt Practices Act (FCPA) -, era o que faltava para fechar o cerco à corrupção no mundo corporativo.

A lei britânica, além de punir a prática de corrupção entre empresas privadas e governos estrangeiros, prevê também sanções ao pagamento de propinas entre particulares. Quem for condenado pode pegar 10 anos de prisão e ser obrigado a pagar uma multa sem limite de valor. Lá, o debate sobre a criação de regras para punir quem incorre em atos de corrupção começou no ano 2000, mas ganhou força a partir do escândalo que envolveu a empresa britânica BAE Systems, que atua no setor de defesa e foi acusada de ter pago US$ 2 bilhões a um príncipe saudita para viabilizar um contrato de US$ 85 bilhões entre os dois países em 1985.

O governo federal, desde a posse de Lula em 2003 e agora com a presidente Dilma Rousseff, tem adotado inúmeras medidas para combater a corrupção, incluindo a demissão de mais de 3, 2 mil funcionários públicos de carreira. Um dos principais instrumento criado pelo governo Lula foi o Portal da Transparência, que permite o acompanhamento das contas do governo federal. Outras ações foram tomadas, como o reforço da Controladoria Geral da União, da Polícia Federal e, acima de tudo, a decisão política de não tolerar a corrupção, como ocorreu em governos como o de FHC (1995-2002).

Entretanto, o País necessita de uma legislação moderna, rigorosa, que resulte em lisura na utilização dos recursos públicos. Está na hora de o Brasil focar seu olhar nas práticas deletérias dos segmentos privados que estimulam os negócios escusos, superfaturamentos e desvios de recursos públicos. Essa cultura integra o imaginário de nossa sociedade, mas chegou a hora de dar um basta. Se não houver uma legislação rigorosa para punir os representantes do setor privado que lancem seus tentáculos sobre o setor público, envolvendo-se com agentes públicos corruptos, nossa democracia não estará à altura de um país que ocupa cada vez mais destaque no cenário internacional.

Carlos Zarattini é deputado federal (PT-SP)

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@conceicao_lemes, siga à vontade

"por acaso, o amigo ou a amiga lembra de alguma coisa que ele tenha dito ?"

Quanto mais o PiG (*) bate mais sobe o Ibope da Dilma

Saiu no G1:

Aprovação de Dilma sobe de 67% para 71%, aponta Ibope

Segundo a pesquisa, aprovação do governo aumentou de 48% para 51%. Instituto ouviu 2.002 eleitores; margem de erro é de dois pontos percentuais.

Sandro Lima Do G1,
em Brasília

A presidente Dilma Rousseff é aprovada por 71% dos eleitores, de acordo com pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta sexta-feira (30). A pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, o que significa que a aprovação da presidente pode ser de 69% a 73%.

Na comparação com levantamento realizado em julho e divulgado em agosto, a aprovação da presidente subiu quatro pontos percentuais – o índice era 67%.

Dos entrevistados na pesquisa atual, 21% disseram desaprovar a presidente e 8% não souberam ou não responderam. O percentual de desaprovação em julho, que era de 25%, caiu quatro pontos percentuais conforme o Ibope.

Entre 16 e 20 de setembro, o Ibope ouviu 2.002 eleitores com 16 anos ou mais em 141 municípios de todas as regiões do país.

Governo
A aprovação do governo Dilma também subiu entre julho e setembro. O percentual de entrevistados que consideram o governo ótimo ou bom aumentou de 48% para 51%. Segundo o levantamento, 11% consideraram o governo Dilma ruim ou péssimo, contra 12% na pesquisa anterior.

As expectativas com relação ao restante do governo Dilma continuam positivas, segundo a pesquisa, e praticamente no mesmo nível da pesquisa anterior. O percentual de entrevistados que acreditam que o restante do governo será ótimo ou bom passou de 55% para 56%.

NAVALHA




Este ansioso blog não acredita em pesquisa.

Não acredita, porque duas organizações dominam o mercado e são ligadas ao Golpe:

O Datafalha e o Globope.

Este ansioso blog só trata de pesquisa para se divertir às custas de quem nelas acredita.

Não adianta ameaçar com a hiper-inflação.

Não adianta denunciar a inépcia, quando o dólar sobe e quando o dólar cai.

Não adianta dizer que o Palácio do Planalto se ergue sobre um mar de lama.

Clique aqui para ler sobre a UDN e seus sucessores, no artigo de Maria Inês Nassif.

Quanto mais o PiG (*) bate na Dilma mais o Ibope dela sobe.

Enquanto isso, os eternos heróis da elite da elite, o Padim Pade Cerra e o Farol de Alexandria, são rejeitados por sua própria grei.

Abrir a Assembléia Geral da ONU afundou o PiG (*) e a elite da elite.

O Governo do Farol de Alexandria abriu a Assembléia da ONU 8 vezes.

O amigo navegante, por acaso, se lembra de alguma coisa que ele tenha dito ?


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Imprensa brasileira foi à França reclamar de premiação a Lula





Não pode passar batido um dos momentos mais patéticos do jornalismo brasileiro. Acredite quem quiser, mas órgãos de imprensa brasileiros como o jornal O Globo mandaram repórteres à França para reclamar com Richard Descoings, diretor do instituto francês Sciences Po, por escolher o ex-presidente Lula para receber o primeiro título Honoris Causa que a instituição concedeu a um latino-americano.

A informação é do jornal argentino Pagina/12 e do próprio Globo, que, através da repórter Deborah Berlinck, chegou a fazer a Descoings a seguinte pergunta: “Por que Lula e não Fernando Henrique Cardoso, seu antecessor, para receber uma homenagem da instituição?”.

No relato da própria repórter de O Globo que fez essa pergunta constrangedora havia a insinuação de que o prêmio estaria sendo concedido a Lula porque o grupo de países chamados Bric’s (Brasil, Rússia, Índia e China) estuda ajudar a Europa financeiramente, no âmbito da crise econômica em que está mergulhada a região.

A jornalista de O Globo não informa de onde tirou a informação. Apenas a colocou no texto. Não informou se “agrados” parecidos estariam sendo feitos aos outros Bric’s. Apenas achou e colocou na matéria que se pretende reportagem e não um texto opinativo. Só esqueceu que o Brasil estar em condição de ajudar a Europa exemplifica perfeitamente a obra de Lula.

Segundo o relato do jornalista argentino do Pagina/12, Martín Granovsky, não ficou por aí. Perguntas ainda piores seriam feitas.

Os jornalistas brasileiros perguntaram como o eminente Sciences Po, “por onde passou a nata da elite francesa, como os ex-presidentes Jacques Chirac e François Mitterrand”, pôde oferecer tal honraria a um político que “tolerou a corrupção” e que chamou Muamar Khadafi de “irmão”, e quiseram saber se a concessão do prêmio se inseria na política da instituição francesa de conceder oportunidades a pessoas carentes.

Descoings se limitou a dizer que o presidente Lula mudou seu país e sua imagem no mundo. Que o Brasil se tornou uma potência emergente sob Lula. E que por ele não ter estudo superior sua trajetória pareceu totalmente “em linha” com a visão do Sciences Po de que o mérito pessoal não deve vir de um diploma universitário.

O diretor do Science Po ainda disse que a tal “tolerância com corrupção” é opinião, que o julgamento de Lula terá que ser feito pela história levando em conta a dimensão de sua obra (eletrificação de favelas e demais políticas sociais). Já o jornalista argentino perguntou se foi Lula quem armou Khadafi e concluiu para a missão difamadora da “imprensa” tupiniquim: “A elite brasileira está furiosa”.

a mídia brasileira é o foco de disseminação da cultura da corrupção

Com essa mídia país não avança





Ao longo da terça-feira, a internet se divertiu com o post que este blog publicou sobre a missão difamadora da mídia brasileira que foi à França reclamar com a sua universidade Science-Po por ter outorgado ao ex-presidente Lula o título de Doutor Honoris Causa. O absurdo que se revelou deixou as pessoas atônitas e, assim, só restou rir.

Do post em questão, surgiu a hashtag #PorqueNaoFHC, que, em questão de minutos após ser criada, chegou ao Trending Topics do Brasil no Twitter. Foi uma brincadeira com a pergunta da jornalista de O Globo ao diretor da universidade francesa sobre por que a instituição premiou Lula em vez do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O que direi agora disse ontem nas redes sociais (Twitter e Facebook): apesar de parecer que me divirto, o caso é sério. Com uma imprensa… Ou melhor, com uma mídia como a nossa, o país não avançará até se tornar o que almejamos.

Vamos discutir isso, pois: o que almejamos que o Brasil se torne? Não estamos achando, os brasileiros, que poderemos nos tornar uma das maiores potências mundiais? Não temos os requisitos para tanto? O Brasil não tem tudo para figurar ao lado das grandes potências?

Claro que tem. Temos uma vastidão de terras férteis, um clima generoso, uma diversidade étnica e cultural das mais ricas, um subsolo que é um verdadeiro tesouro, as maiores reservas de água potável, uma indústria dinâmica como poucas, uma economia estabilizada e saneada, centenas de bilhões de dólares em caixa…

Este é o momento do Brasil. O mundo inteiro reconhece. A jornalista de O Globo que perguntou ao diretor da universidade francesa por que escolheu Lula e não o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para ser premiado e que insinuou que o prêmio se deveu a interesse francês em ajuda financeira do Brasil, sem querer admitiu o quanto este país avançou na década passada.

Ainda assim, este ainda é um país em que há quase tudo por fazer. Um país rico, com potencial, mas que tem uma cultura de ser roubado pelo setor privado por vias legais ou ilegais. Além de leis que doam à elite étnica e regional as riquezas que pertencem a todos, há também a corrupção endêmica, a cultura de levar vantagem.

A mídia (acima do conceito de imprensa) poderia contribuir para mudança desse aspecto da mentalidade nacional. Mas não com essa pregação hipócrita que criminaliza alguns por razões políticas e alivia com outros pelas mesmas razões, e que, além disso, acoberta os corruptores.

A esperteza da mídia partidarizada e elitizada é o pior exemplo para a sociedade. Ao se dizer isenta e agir como cabo eleitoral e despachante de interesses de classe, regionais e étnicos pretendendo abafar as queixas dá ao país o exemplo errado, da mentalidade de que quem pode mais chora menos.

A conduta midiática é a conduta do “sabe com quem está falando?”. Ao adotá-la, a mídia dá o exemplo de que se deve buscar sempre o lado mais forte, mesmo que a força que tenha talvez não seja o que parece – ou o que pretende – ser. O que é nefasto, porém, é incentivar o autoritarismo social, político e econômico.

É nesse ponto que me pus a refletir: nenhuma grande nação – desenvolvida, democrática, civilizada e próspera – avançou de verdade sem uma imprensa séria, responsável, imparcial ao máximo possível (porque totalmente é impossível) ou honesta ao ponto de reconhecer-se eventualmente parcial.

Nos Estados Unidos, por exemplo, há mau jornalismo, sim. Mas também há bom jornalismo. Na Europa, idem. E note-se que me refiro à grande imprensa, à grande mídia, aliás. No Brasil, é tudo uma droga. A comunicação corporativa tornou-se uma máquina de contemplar interesses políticos, econômicos e de classe de grupos restritos.

Nenhuma nação avança de verdade se não refletir uma sociedade justa, mas a mídia brasileira prega injustiça, prega sobreposição de todos por alguns, ainda que implicitamente.

A propaganda, por exemplo, retrata um país nórdico, povoado por gente branca, de olhos claros em um país de maioria afro-descendente. É um abuso, um insulto a todo um povo que este aceita porque acredita na cultura de que quem pode mais chora menos. Isso para não me repetir nos exemplos políticos, que já cansaram de tanto serem repetidos.

A democratização e a profissionalização da comunicação no Brasil, portanto, é a sua principal agenda nos próximos anos. De nada adiantará reduzir a miséria ao ponto em que pareça ter sido extirpada se os fatores que a geraram permanecerem incólumes, e acima de todos os fatores que a geraram está o uso da comunicação como meio de exclusão social e política.

Entre as grandes missões que se descortinam à administração Dilma Rousseff, portanto, está o encaminhamento dessa questão. No ponto a que este país chegou não é possível mais recuar. Ou se tem coragem de atacar esse foco de corrupção e de disseminação da cultura do quem pode mais, chora menos ou não iremos a lugar algum.

"como explicar que um governo com este pífio desempenho foi ao longo de seus quatro anos tão carinhosa e amistosamente tratado e retratado pela mídia? Desinformação? Falta do necessário espírito investigativo e da busca do contraditório, pilares do verdadeiro jornalismo? "

Os 10 pecados capitais do governo Yeda (ou: A Farsa do Déficit Zero)

 



Por Paulo Muzell

Todo jornalista gaúcho que escreve sobre economia e política deveria ter como leitura obrigatória as mais de 500 páginas que integram o volume do “Relatório das Contas do Governador”, anualmente elaborado e disponibilizado no site do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RS). Neste início de setembro o TCE tornou pública a análise das Contas de 2010 da ex-governadora Yeda Crusius. Leitura longa, pesada, técnica, mas que vale a pena porque contém uma análise completa das principais ações (ou omissões!) do governo no exercício anterior, contendo informações preciosas, na sua grande maioria desconhecidas do grande público. E este Relatório/2010 tem sua importância acrescida porque completa o ciclo de quatro anos de um governo, registrando os dados finais da gestão 2007/2010, revelando, também, a situação encontrada pelo governo que assumiu a nova gestão.

Os especialistas em marketing – atividade que sempre considerei duvidosa – mas que, sem qualquer dúvida, altamente valorizada nas assessorias políticas, afirmam com convicção que mais importante do que aquilo que um governo faz é a sua capacidade em constituir símbolos que construam uma marca que identifique o governo e que consolide a sua desejada imagem positiva no imaginário da população. Yeda escolheu como sua marca o “déficit zero”, símbolo e idéia síntese da desejada recuperação financeira do Estado.

A mídia local, especialmente a RBS com especial destaque para a colunista política da página 10 de ZH, contribuiu decisivamente para consolidar a falsa marca do governo Yeda, o déficit zero. Algo que, todas as pessoas medianamente informadas sabem, nunca existiu. Tivemos no Rio Grande do Sul no quadriênio 2007/2010 um “governo zero”. E a sua marca verdadeira foi o “déficit moral”.

Compra de uma casa cujo valor e a origem dos recursos foram questionados e até hoje não devidamente explicados, mobiliada e decorada com recursos públicos foi apenas o começo de uma longa escalada de um sem número de escândalos, de acusações de desvios de recursos públicos, de licitações fraudadas e de superfaturamento de contratos. O badalado saneamento financeiro nunca existiu, nem sequer foi buscado. O Relatório 2010 do TCE/RS torna absolutamente claro que este foi um governo que:

1º) Beneficiou e protegeu os grandes: a prova disso é que, em 2006, as 500 maiores empresas foram responsáveis por 76% do ICMS arrecadado; em 2010 este percentual se reduziu para apenas 63%;

2º) Cerceou as ações fiscalizadoras do Controle Externo, fato da maior gravidade pois impediu a apuração das concessões e fruições de benefícios fiscais, moeda de troca dos partidos para obtenção de recursos de empresas;

3°) Encerrou 2010 com uma dívida fundada que, somada às dívidas de INSS com prazo superior a 12 meses e mais os precatórios a pagar, atingiu a astronômica cifra de 55,5 bilhões de reais;

4º) Que deixou de aplicar os 35% da Receita Líquida de Impostos e Transferências (RLTI), desviando 4 bilhões de reais que deveriam ser destinados à educação;

5º) Que destinou em 2010 apenas 6,8% da RLTI para a saúde pública, despendendo 925 milhões a menos do valor que deveria ter sido aplicado;

6º) Deixou no final de 2010 um saldo negativo de 4,6 bilhões de “saques a descoberto” do SIAC (conta caixa único) montante que deve ser acrescido de outros 612 milhões de reais do saldo pendente de remuneração dos valores das contas;

7º) Que terminou seu período de governo com um déficit previdenciário de 4,8 bilhões de reais. Este déficit segundo as projeções atuariais crescerá até 2027, quando atingirá o valor de 7 bilhões/ano. Nas próximas décadas o caixa da fazenda estadual deverá a cada dez anos despender, em média, 40 bilhões de reais para atender o déficit das aposentadorias e pensões;

8º) Que desviou 719 milhões do FUNDEB;

9º) Que em 2010 não empenhou 127 milhões de pagamento de integralidade de pensões e mais 82 milhões de débitos com hospitais e médicos;

10º) Que fechou 2010 devendo 1,7 bilhões de créditos fiscais dos contribuintes exportadores.

Além destes dez “pecados capitais”, há no Relatório TCE muitos outros. A lista é por demais extensa: o espaço de um artigo é insuficiente e se citássemos todos certamente esgotaríamos a paciência do nosso leitor. Foram motivos suficientes e determinantes para que o Procurador-Geral do Ministério Público de Contas, Geraldo Da Camino, através do Parecer 7012/2011, dia 21 de julho passado se manifestasse contrário à aprovação das contas da governadora Yeda. Alguns dias depois o Conselheiro Marco Peixoto, um ex-deputado do PP, partido da base do governo Yeda, encaminhou novo Parecer propondo a aprovação e que obteve maioria de votos no Pleno do Tribunal.

Fica uma importante indagação: como explicar que um governo com este pífio desempenho foi ao longo de seus quatro anos tão carinhosa e amistosamente tratado e retratado pela mídia? Desinformação? Falta do necessário espírito investigativo e da busca do contraditório, pilares do verdadeiro jornalismo?

Nada disso. A resposta está no próprio Relatório TCE/2010. O governo Yeda gastou, a preços atuais, a “bagatela” de 664 milhões em publicidade, ou seja, quase 170 milhões de reais por ano. Três quartos deste montante com recursos das empresas estatais e quase dois terços pagos pelo Banrisul. O banco estadual gastou 411 milhões em publicidade e deste montante, apenas 7% de publicidade legal, obrigatória, 93% foram aplicados em publicidade promocional do banco e dos programas do governo. Só em 2010 o banco gastou 108 milhões, valor que correspondeu a 14% do seu lucro no exercício. Boa parte desta despesa feita de forma irregular, sem autorização legislativa. E, também, em campanhas publicitárias que estão sendo investigadas – pela existência de fortes por indícios de superfaturamento e de desvios – objeto da operação Mercuri, em andamento na Polícia Federal.

O acionista do Banrisul assistiu – passivo – um festim pago com recursos que deveriam ser destinados a pagar os dividendos a que tem direito E os milhares e milhares de correntistas agora sabem porque pagaram ao banco taxas e mais taxas e juros tão elevados.

Meu Governador: vai deixar chegar a isso? Os alunos e professores gaúchos merecem apanhar?

Professores cearenses em greve apanham de Batalhão de Choque

Viomundo

Professores e Batalhão de Choque entram em confronto na Assembleia Legislativa

do Diário do Nordeste, sugestão do Morvan Bliasby

Professores da rede estadual de ensino e policiais do Batalhão de Choque entraram em confronto na manhã desta quinta-feira (29) na Assembleia Legislativa, em Fortaleza. Os professores tentaram entrar na Casa quando foram impedidos pelos policiais.

O vereador João Alfredo (PSOL) informou, por meio de seu perfil no twitter, que havia policiais por toda a área, proibindo acesso às galerias. “Acabamos de saber que Batalhão de Choque está na Assembleia Legislativa. Houve quebra-quebra e alguns professores estão feridos”, disse.

Segundo o presidente do Sindicato Apeoc, Anízio Melo, a “orientação do sindicato é resistir”. “Estamos dentro da FM da Assembleia esperando uma posição do parlamento ou do governo”. Segundo Anízio, muitos professores foram feridos durante o confronto. “Estamos recebendo a OAB e dois companheiros que estavam detidos já foram liberados”, disse.

Na noite da quarta-feira (28) cerca de 300 professores estavam acampados na Assembleia Legistativa. A categoria está em greve desde o último 5 de agosto.

Três professores que estavam na AL fazendo greve de fome afirmam que teriam sido agredidos por policiais do Batalhão de Choque.




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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

a UFRGS é a mesma URFGS do tempo da ditadura?

Professor critica decisão da UFRGS de rejeitar feira orgânica no Campus

 

Na semana passada, o Núcleo de Economia Alternativa (NEA) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) teve negada a solicitação para a realização de uma feira orgânica quinzenal no Campus Central da UFRGS, sob alegação de que a mesma “não daria lucro” à Universidade. Indignado, Carlos Schmidt, coordenador do NEA e professor da Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS, escreveu um artigo e publicou-o no blog do núcelo. Reproduzimos o artigo abaixo:

Indignai-vos!

Peço desculpas à Stéphane Hessel por plagiar o título de seu manifesto, mas acredito que ele não se importaria, pois deve pensar que sua iniciativa pode ser multiplicada. Como alguns sabem, coordeno o Núcleo de Economia Alternativa (NEA) que desenvolve trabalho de pesquisa, ensino e extensão voltado para formas alternativas de práticas econômicas e especula sobre a viabilidade da transformação social.

Um dos trabalhos que realizamos é o apoio à comercialização dos produtos da agricultura familiar, em particular, dos assentamentos da
reforma agrária, na perspectiva da sustentabilidade social, ambiental e da segurança alimentar. Na prática, busca-se através de um ponto de comercialização da economia solidária (Contraponto), a venda dos produtos agroecológicos e o abastecimento do sistema dos restaurantes universitários, com produtos desta natureza, por agricultores dos assentamentos.

Evidentemente, como é papel da Universidade nesta prática extensionista, está se buscando a geração de conhecimento que possa servir a formulação de políticas públicas, bem como, a discussão de elementos centrais da economia como a teoria do consumidor. Como parte da estratégia de atendimento dessa demanda socialmente orientada, programamos, junto com colegas da engenharia de produção a realização de uma feira agroecológica ao lado da Contraponto (espaço ocioso) a ser feita por mulheres do assentamento de Viamão, filhos de Sepé. Esta feira seria semanal.

Como de praxe, fizemos uma solicitação à Superintendência de infra-estrutura, garantindo a não utilização do estacionamento e a limpeza
pós realização da feira. Para surpresa nossa, a demanda foi negada e depois de inúmeras tentativas de contatar os responsáveis, estes, concederam a graça de nos receber.

Surpresa novamente! Deparamo-nos com um doublé de funcionário do capital e chefete latino-americano, na robusta pessoa do Professor Tamagna. Funcionário do capital nos propósitos e chefete no método autoritário. O referido professor ao ser interrogado sobre o direito que tinham os bancos de espalhar seus quiosques pelo pátio da Universidade, disse que estes tinham direito porque pagavam. E quando perguntado sobre a existência de regras escritas a este respeito, alegou que neste assunto, quem mandava era ele.

Se alguém tem dúvida que para alguns personagens da administração central da universidade, esta deve funcionar, exclusivamente, para o andar de cima da sociedade, a situação acima relatada fala por si só. Aliás, recordando das posições do Professor Tamagna no Conselho Universitário, estas, eram sempre alinhadas com o bloco da UFRGS/S.A.

Tivemos, recentemente em nossa Universidade, um seminário da corrente universitária “Universidade Popular”, que discutiu ampla e profundamente as dificuldades da Universidade ser plural quanto as suas finalidades, assim muito mais dificuldade teria de ser uma instituição voltada para os interesses da maioria da população.

Portanto, o fato antes relatado, mostra o quanto estão seguros os setores que propugnam uma Universidade voltada aos interesses do capital, com métodos que privilegiam os critérios de mercado (quem paga pode) e exclui, despudoradamente, “esta gente diferenciada” que ousa querer fazer da Universidade um espaço que também é seu, que estuda suas questões, que os acolhe para o diálogo de saberes e que os assume como membros do corpo discente.

Se permitirmos que atitudes truculentas como esta tenham livre curso, outras bandeiras democráticas e inclusivas pelas quais lutamos ficarão cada vez mais distantes. Portanto indignai-vos e ajam em conseqüência.

e aí, amigos e amigas... um negocinho entre amiguinhos?


NaMariaNews: Por que a FDE só compra Veja, Época e IstoÉ?

Viomundo

do blog NaMariaNews


No dia 13 de setembro passado, o NaMariaNews publicou em primeira mão o texto Alckmin: 9 milhões pela fidelidade da ‘Proba Imprensa Gloriosa’ sobre as novas compras de revistas (Veja, Isto É, Época) e jornais (Folha de SP, Estado de SP) pela Secretaria de Estado da Educação, precisamente através da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE. Os contratos assinados pelo atual presidente da FDE, o Sr. José Bernardo Ortiz Monteiro, chegam ao total de R$9.074.936,00.

No mesmo texto foi salientado que, como de costume, não foram assinados contratos com a revista CartaCapital. Embutido nisso a pergunta fatal: e por que não?

No dia 16 de setembro, Mino Carta publicou on-line seu editorial “A mão que lava a outra” (versão impressa: n. 664, 21/setembro, pág. 21) e muito nos enobreceu com o seguinte parágrafo:

“Neste exato instante, recebemos a informação de que, na esteira do ex-governador José Serra e do seu ex-secretário da Educação Paulo Renato, o atual presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), José Bernardo Ortiz Monteiro, acaba de renovar contratos para o fornecimento de assinaturas com as revistas Época, IstoÉ e Veja, e os jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo pelo valor total de 9 milhões de reais e alguns quebrados. Não houve licitação, está claro, assim como está que CartaCapital foi excluída mais uma vez”.

Pois não é que neste exato instante recebemos a informação de que a CartaCapital está pedindo oficialmente à presidência da FDE explicações sobre tais compras? Sim, está.

Agora, CartaCapital pergunta o que o blog NaMariaNews sempre quis saber em uma porção de textos publicados desde o seu nascimento, em junho de 2009.

* Por que comprar para as escolas públicas de SP somente a Veja, Isto É e Época?

* Não há outras publicações similares ou melhores no mercado?

* Qual é a justificativa “pedagógica” e/ou legal para tais compras sem licitação?

* Com qual dos orçamentos da Secretaria de Educação a FDE executa tais compras? Já que a FDE não tem orçamento próprio e o que ela executa é a mando da Secretaria, em especial aquelas do campo pedagógico. Ou seja: alguém dentro da SEE é responsável pelo negócio das assinaturas. Quem seria e como se fundamentaram as aquisições?

Justificando o injustificável

Não é a primeira vez que compras dessa natureza são questionadas legalmente. Por exemplo, em 2009 a ONG Ação Educativa encaminhou ofício à presidência da FDE e obteve, após insistência, cópia de todo processo do contrato 15/1165/08/04 (Diário Oficial 1/10/2008 e 25/out/2008) referente à compra de 220 mil assinaturas da revista Nova Escola, da Fundação Victor Civita, ligada à Abril, da Veja – no valor de R$3.700.000,00. Tudo sem licitação, usando a lei 8.666.

A partir da análise dos dados, a Ação Educativa obteve um avanço histórico:

“Em 26 de maio [2009], o Ministério Público de São Paulo então propôs ação civil de responsabilidade por ato de improbidade administrativa contra o Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação, a Diretora e o Supervisor de Projetos Especiais, ambos da FDE, bem como contra a Fundação Vitor Civita.

“A Ação, que tem como fundamento possíveis irregularidades no contrato firmado sem licitação entre a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) e a Fundação Victor Civita, requer a responsabilização dos agentes públicos por condutas que podem ser caracterizadas como improbidade administrativa e ainda tramita na Justiça Estadual”.

Trata-se do processo 0018196-44.2009.8.26.0053 (053.09.018196-7), que pode ser acompanhado no site do Tribunal de Justiça de São Paulo (ver aqui).

O pedido da Ação Educativa é muito semelhante ao que a CartaCapital faz agora. Os documentos entregues pela FDE à ONG podem ser lidos aqui. Entre eles, uma “pérola”, assinada por Inácio Antonio Ovigli, então supervisor da Diretoria de Projetos Especiais, cujo conteúdo muito interessa ao NaMariaNews e à CartaCapital, a justificativa dos compradores – no caso, a SEE por meio da FDE. Alguns trechos:

“Para o atendimento das Diretrizes para o Ensino de Língua Portuguesa (Leitura, Escrita e Comunicação Oral) e Matemática, e na busca de superar mais essa condição problemática para a aprendizagem dos alunos, a SEE/SP vai implantar um programa de distribuição de materiais de apoio didático-pedagógico para alunos e professores, composto de livros, revistas, fascículos e outros suportes da escrita, destacando-se, entre essas publicações, a Revista “Nova Escola”.

“Tem uma pauta editorial que privilegia matérias de orientação e elaboração de planos de aulas, além de uma variedade de temas sobre a atualidade de interesse da área educacional, abordados em reportagens, entrevistas, resenhas, depoimento de professores e alunos.

“Na pesquisa de mercado realizada no período de seleção da obra a ser adquirida, não foi localizada obra similar com as mesmas características da Revista Nova Escola. Por essa razão, foram solicitadas notas fiscais à responsável pela sua publicação, com a finalidade de comprovar que o preço a ser pago pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação é compatível com o preço cobrado pela editora às outras instituições que adquiriram essa obra.

“Desse modo, solicitamos as providências necessárias junto à editora para a aquisição do título Nova Escola, publicada com exclusividade pela Fundação Victor Civita”.

Evidentemente a Ação Educativa contestou esses e outros argumentos da FDE. No mínimo três pontos merecem destaque. Mas o terceiro, sem dúvida, é uma “perolona”, que desvenda muito mais do que se pode imaginar sobre o fabuloso mundo dos projetos dito educacionais. Atentem bem – os grifos em negrito são da Ação Educativa, o vermelho é do NaMariaNews:

1º) A lei federal 8.666 de 21 de junho de 1993 (que “estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”, incluindo a inexigibilidade de licitação) foi desacatada em seu artigo 25, que deixa claro ser vedada “a preferência de marca, que ocorreu explicitamente neste caso, uma vez que outras editoras não foram sequer consultadas”.

2º) A revista Nova Escola não tem exclusividade temática. “É importante mencionar ao menos duas outras revistas que poderiam ser escolhidas para cumprir as mesmas funções da Revista Nova Escola, tais como as descritas em seu processo de compra: a Carta na Escola, Editora Confiança Ltda, e a Revista Educação, da Editora Segmento Ltda“.

3º) “De acordo com os documentos (fls. 4-12 do processo FDE n. 15/1165/08/04), a motivação inicial para a elaboração do contrato foi uma carta encaminhada em 1/9/2008 pela Fundação Victor Civita à então Secretária de Educação Maria Helena Guimarães de Castro, propondo parceria, com descrição da proposta pedagógica da Nova Escola, preços e condições, além de cronograma de postagem. Ora, o contrato não partiu de uma necessidade da Secretaria de Estado, mas sim de uma oferta realizada pela Fundação e aceita pela Secretaria, que viabilizou seus termos sem consulta a outras editoras ou, principalmente, aos destinatários diretos da compra – os docentes“. (Fonte – Ação Educativa)

O que mais precisa ser dito?

Aguardemos a justificativas que apresentarão à CartaCapital às compras das revistas e jornais nesta nova administração da Educação e da FDE. Talvez fosse de bom alvitre pedir-lhes que mostrem não apenas o atual contrato, mas os anteriores também.

Em entrevista dada à Conceição Lemes, do Viomundo (em 14/outubro/2010), o NaMariaNews mostrou a dinheirama que o ex-governador José Serra (via o finado ex-secretário de Educação Paulo Renato Costa Souza, o então presidente da FDE Fabio Bonini Simões de Lima, a diretora de Projetos Especiais da FDE Cláudia Rosenberg Aratangy, o supervisor de Projetos Especiais Inácio Antonio Ovigli) pagou à imprensa e certas editoras, a título de execução de “projetos pedagógicos”: mais de R$250 milhões, quase absolutamente tudo sem licitação.

Daquele total (parcial), comprovados com dados do Diário Oficial, “para a Editora Abril/Fundação Victor Civita [de 2005 a 2010] foram entregues R$52.014.101,20 para comprar milhares de exemplares de diferentes publicações”, entre elas a Revista Nova Escola, além da Veja, Almanaque do Estudante, Revista Recreio e Atlas da National Geographic.

Para arrematar, quero repetir o que disse naquela entrevista à Conceição Lemes: “com esse dinheiro, poderiam ser construídas quase 13 escolas ou 152 salas de aula novinhas, com capacidade para mais de 15 mil alunos nos três períodos – considerando que uma escola com 12 salas custe R$4,1 milhões, e cada sala custe cerca de R$340 mil”.

e você ainda acha que esse paíz é uma palhaçada? fazê o que se tu não larga a globobo

Dilma e o IPI:
o Brasil não está aberto a piratas

Na foto, neolibelês (*) de variados tipos

Saiu no Estadão:

Medida do IPI é a favor do emprego no Brasil, afirma Dilma

Ao ser questionada sobre a medida, presidente disse que ‘nosso mercado interno não será objeto de pirataria’

Rafael Moraes Moura, da Agência Estado

BRASÍLIA – A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira, 29, que a medida anunciada pelo governo recentemente que elevou o IPI sobre automóveis importados é a favor do emprego no País. Em entrevista ao vivo ao programa Hoje em Dia, da TV Record, a presidente foi questionada sobre a medida e disse que “nosso mercado interno não será objeto de pirataria” por nenhum outro país, nem ninguém. “Todas as empresas que estão se queixando não produziam aqui”, completou.

“Se aceitarmos que, na produção de veículos, alguém venha aqui, abra uma loja, produza o produto no seu país, crie empregos lá e venha vender aqui, estamos cedendo aqui uma coisa que conquistamos com o maior esforço, que é o mercado interno”, disse.

“Queremos que qualquer empresa estrangeira, para não pagar imposto maior, tenha de produzir aqui, gerar empregos aqui”, afirmou, reforçando que a medida é a favor do emprego.

Dilma disse que o Brasil não é um país de quarta ou terceira categoria. “Gostamos de respeito e damos o respeito. Agora o que queremos: queremos que invistam aqui sim, serão bem vindos, protegidos e amados. Mas venham e produzam aqui, gerem tecnologia aqui. Não seremos mais objeto desse uso”, afirmou.


Clique aqui para ler “56 mil empregos e R$ 12 bilhões que Lula salvou. Cerra e FHC iam entregar tudo”.

(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

"esse paíz é uma palhaçada", desculpem amigos e amigas... era uma palhaçada no tempo da Petrobrax

56 mil empregos e R$ 12 bilhões que
Lula salvou. Cerra e FHC iam entregar tudo

A P-57, que o Cerra e o FHC preferiam fazer em Cingapura

No fim  da campanha de 2002 – em que derrotou o Padim Pade Cerra de forma esmagadora (61 a 39%) – , o Nunca Dantes esteve no que restávamos de um estaleiro de Angra dos Reis, no Rio.

O governo Cerra/FHC desmanchou a indústria naval brasileira.

E a Petrobrax acabara de encomendar uma plataforma num estaleiro em Cingapura.

O estaleiro de Cingapura tinha oferecido um preço inferior em alguma coisa perto de 10% à oferta do concorrente brasileiro.

10%.

Por menos de 10%, Cerra e o Farol de Alexandria iam comprar em Cingapura (*).

(Igual hábito caracterizava o Rogério Agnelli, em boa hora dispensado de servir à Vale.)

Lula anunciou ali no canteiro de horas quase abandonado que, eleito, a primeira coisa que faria seria cancelar a compra da plataforma no exterior.

Nesta sexta-feira, o jornal Valor tem um caderno especial: “Indústria Naval – Em mar aberto – Negócios em alta marcam ritmo dos estaleiros.”

Na capa, uma foto impressionante da plataforma P-57, entregue dois anos antes do prazo.

Uma cidade de 311 metros de comprimento e 56 de largura.

Produzida num estaleiro … em Angra dos Reis.

A P-57 custou perto de 1,2 bilhão de reais, com cerca de 70% de nacionalização.

Esse Nunca Dantes …

É por isso que a Casa Grande não o perdoa (muito menos O Globo).

Hoje, na indústria que o Nunca Dantes e a Petrobras salvaram, há investimentos de R$ 12 bilhões.

Ela emprega 56 mil trabalhadores brasileiros (e, não, de Cingapura).

Em 2016, empregará 100 mil (brasileiros).

Há encomendas de 278 embarcações, que serão construídas com produtos de 250 fornecedores.

Os petroleiros têm nomes sugestivos.

João Cândido, o Almirante Negro, gaúcho.

Celso Furtado, paraibano.

Rômulo Almeida, chefe da assessoria econômica do Dr. Getulio, de onde saiu o projeto de fundação da Petrobras – baiano.

Sérgio Buarque de Holanda, historiador, pai, e paulista.

Que beleza !

E ainda reclamam do IPI do carro de luxo, que vai obrigar o estaleiro de Cingapura a vir produzir no Brasil !


Paulo Henrique Amorim



(*) Na igualmente fracassada campanha de 2010, o Padim Pade Cerra voltou a defender o fechamento da indústria naval brasileira e as encomendas da Petrobras no exterior, em nome da eficiência. É um jenio ! Será que ele também é contra o IPI do carro de luxo ?

a imagem e a inutilidade das palavras

Foto-Legenda: 

Diário Gauche



Papa Ratzinger deixa à mostra seus sapatinhos vermelhos quando visita o palácio Bellevue, na Alemanha, nesta última semana. Os sapatos - fashion - são da grife italiana Prada. São chamados de "múleos", a cor vermelha dos múleos papais simboliza - acreditem - o sangue dos mártires e a completa submissão do papa à autoridade de Jesus Cristo. (Ah! bom!) Os múleos papais são sempre feitos à mão, com o cetim, veludo ou couro vermelhos, os cadarços, quando presentes, são de cor de ouro e as solas feitas de couro.

Foto de Johannes Eisele/FP

quem matou o sindicalista Jair Antônio da Rosa?

Seis anos depois, assassinato de sindicalista Jair Antônio da Costa segue impune





A Federação Democrática dos Sapateiros do Rio Grande do Sul e os sindicatos da categoria sairão às ruas nesta sexta-feira (30) para cobrar o fim da impunidade e exigir a prisão dos policiais militares que mataram Jair Antônio da Costa, dirigente do Sindicato dos Sapateiros de Igrejinha, em 30 de setembro de 2005, durante uma manifestação de trabalhadores. Até hoje os criminosos continuam soltos. A atividade inicia às seis horas da manhã com distribuição de materiais em Igrejinha, com posterior ocupação da rodovia RS 115 durante uma hora. Às 8h30min, será realizada uma missa na Igreja Matriz de Igrejinha, seguida de panfletagem em Sapiranga.

Por volta das 10h30min, nas Faculdades Integradas de Taquara (FACCAT) será entregue ao governador do Estado, Tarso Genro, um documento solicitando agilidade no processo e punição aos culpados. Às 17h, haverá uma concentração no viaduto onde foi cometido o crime, de onde os manifestantes sairão em caminhada até o fórum da cidade.

Lembrando o caso
30 de setembro de 2005, 18h10min, viaduto PresidenteKennedy, km 28 da RS-239, Sapiranga. Jair Antônio da Costa,31 anos, acabava de participar de um ato de trabalhadores àbeira da rodovia. Policiais que deveriam dar segurança aostrabalhadores passaram a agredi-los. No meio da confusão, Jair foi imobilizado pelos policiais. Um deles aplicou uma gravata em Jair utilizando-se de um cacetete; um policial pressionou o instrumento contra a garganta do sapateiro e o matou. Causa do assassinato: asfixia mecânica.

Jair e outros dois mil sapateiros protestavam na rodovia contra o fechamento de 13 mil postos de trabalho nas fábricas de calçados da região, desde o início daquele ano. Inicialmente,o ato limitou-se a uma das pistas da RS-239 e era acompanhado por homens da Brigada Militar e da Polícia Rodoviária. Ao final, a multidão dispersou-se, interrompendo o trânsito. Foi então que os policiais partiram para cima dos manifestantes e acabaram matando Jair.

essa gentititi nunca vai perdoar o povo, mas fazê oquê...


O outro lado da foto do estudante que “atacou” Lula na Bahia


Viomundo

por Conceição Lemes

Terça-feira, 27 de setembro, do meio da tarde ao início da noite. Durante todo esse período o Estadão on-line não destacou na capa nenhuma foto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebendo o título de doutor honoris causa do respeitadíssimo Instituto de Estudos Políticos de Paris – o Sciences-po. É a primeira vez que a instituição pela qual passou parte da elite francesa concede o título a um latino-americano. É sua sétima condecoração.

Diferentemente de terceira-feira passada, 20 de setembro, quando Lula recebeu o honoris causa da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e o Estadão on-line manteve na capa, do início da tarde ao final da noite, esta foto:



Afinal de contas, o que aconteceu? Estudantes ligados ao Diretório Central dos Estudos (DCE) da UFBA resolveram “brigar” com Lula? Ele até fechou os olhos com “medo de apanhar” de um mais “exaltado?

Nada disso. Mais uma demonstração de que a mídia corporativa está mais ligada em fazer política do que em noticiar e a escolha das fotos e manchetes “faz parte”.

O competente jornalista Fernando Brito, conhecedor profundo dos desejos mais sombrios da imprensa brasileira (foi por 20 anos assessor de Leonel Brizola e hoje está com Brizola Neto), denunciou a foto no excelente Tijolaço:

A capa do Estadão on-line é uma incrível expressão de um desejo mal contido de nossa grande imprensa. Olhem aí ao lado, como Lula sofre o “ataque” de um manifestante que participava do “protesto” que “tumultou” a cerimônia de entrega do título de “Doutor Honoris Causa” ao ex-presidente na Universidade Federal da Bahia.

O jornal transforma reivindicação – 10% do PIB para a Educação, algo mais do que justo que se peça numa Universidade – em protesto e o sucesso do ato em tumulto. É só ler como são descritos o “protesto” e o “tumulto” pelo próprio jornal, lá na matéria:

Como não havia espaço no salão onde ocorria o evento, os estudantes tiveram de ficar do lado de fora. Depois, conseguiram entrar no salão, onde acompanharam o fim das homenagens a Lula e voltaram a gritar palavras de ordem – enquanto pegavam autógrafos do ex-presidente nos próprios cartazes nos quais estavam escritas as reivindicações.

Afinal, quem era o “agressor”? Depois de uma porção de ligações para Salvador acabei chegando a Tâmara Terso, estudante de Comunicação e coordenadora-geral do DCE da UFBA.




Tâmara Terso, a chefa da “turba”


– Tâmara, você sabe quem é o aluno que queria “bater” no Lula?

– kkkkkkkkk É o Maltez, o Fernando Maltez, do setor de comunicação do DCE.

– Vocês foram à reitoria protestar contra o Lula?

– Nãããããããããããããããããããããããããããããããão! O que aconteceu foi o seguinte. Nós estávamos fazendo uma manifestação na UFBA, pedindo mais dinheiro para a saúde, para a educação… Aí ficamos sabendo que Lula estava na reitoria, recebendo o honoris causa. Fomos pra lá. Além de conhecer o Lula pessoalmente, queríamos que ele posasse com o nosso cartaz, pedindo 10% do PIB para Educação.

– E a foto com Fernando “partindo pra cima” do Lula?

– Na hora, o Maltez correu, agarrou a mão de Lula. Todos nós caímos na risada.

Fernando Maltez tem 24 anos, é torcedor do Bahia (como Tâmara) e está no último semestre do curso de Direito.

– Fernando, conta a verdade, você queria “descer o braço” no Lula?

– De jeito nenhum. Sou o maior fã. Admiro a história de vida de Lula, tenho consciência do bem que ele fez para o Brasil. É um exemplo para nós brasileiros, é um exemplo para o mundo.

– E o que aconteceu?

– Na hora, todo mundo queria autógrafo de Lula. Teve aluno que pediu pra Lula autografar até no cartaz que carregava.

– Ele autografou?

– Claro. Só que eu não tinha caneta, papel, nada na mão. Aí, disse: “Lula, não tenho, papel, caneta, então me dá um abraço?!”

– Ele deu?

– Claro! Foi o dia mais emocionante da minha vida.

– E a foto do Estadão?

– Já ri muito. Estou famoso (rsr). Agora, pense bem, companheira: “Eu sou da Juventude do PT, você acha que eu iria bater em Lula? Nunca! Pode perguntar pro próprio Lula, se não foi isso o que aconteceu.

Em tempo. Finalmente, há pouco, o Estadão on-line colocou na capa a foto de Lula com o honoris causa do Sciences-po. Só diferentemente da semana passada, quando a foto do “ataque” na Bahia foi inserida no texto, ficando numa posição fixa, a dessa terça estava no slide show com mais cinco imagens, que se alternavam na tela.



Fernando Maltez, o “agressor”: “Lula, não tenho, papel, caneta, então me dá um abraço?!”

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Entrevista de Lula aos estudantes do Sciences-Po

os globobos jamais o perdoarão


Lula recebe honoris causa em Paris sob aclamação. A Globo é contra

     
A elite e seu porta-voz, o FHC, jamais o perdoarão

Saiu no Estadão:

Aclamado por estudantes, Lula recebe honoris causa em Paris

Recebido como pop-star, ex-presidente elogia o próprio mandato e dá conselhos à Europa em crise durante cerimônia

Andrei Netto, correspondente de O Estado em Paris

PARIS – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma recepção de pop star neta terça-feira, 27, em Paris, durante a cerimônia de entrega do título de doutor honoris causa pelo Instituto de Estudos Políticos (Sciences-Po), o maior da França. Em seu discurso, o ex-chefe de Estado enalteceu o próprio mandato e multiplicou os conselhos aos líderes políticos da Europa, que atravessa uma forte crise econômica. Antes, durante e depois, Lula foi ovacionado por estudantes brasileiros, na mais calorosa recepção da escola desde Mikhail Gorbachev.

A cerimônia foi realizada do auditório do instituto, com a presença de acadêmicos franceses e de quatro ex-ministros de seu governo: José Dirceu, Luiz Dulci, Márcio Thomaz Bastos e Carlos Lupi. Vestido de toga, o ex-presidente chegou à sala por volta de 17h30min, acompanhado de uma batucada promovida por estudantes. Ao entrar no auditório, foi aplaudido em pé pela plateia, aos gritos de “Olé, Lula”.

Em seguida, tornou-se o primeiro latino-americano a receber o título da Sciences-Po, já concedido a líderes políticos como o tcheco Vaclav Havel. Em seu discurso, o diretor do instituto, Richard Descoings, se disse “entusiasta” das conquistas obtidas pelo Brasil no mandato do petista. “O senhor lutou para que o Brasil alcançasse um novo patamar internacional”, disse, completando: “Não é mais possível tratar de um assunto global sem que as autoridades brasileiras sejam consultadas”.

Autor do “elogio” a Lula – o discurso em homenagem ao novo doutor -, o economista Jean-Claude Casanova, presidente da Fundação Nacional de Ciências Políticas, lamentou que a Europa não tenha um líder “de trajetória política tão iluminada”. Casanova pediu ainda que Lula aproveitasse “sua viagem para dar conselhos aos europeus” sobre gestão de dívida, déficit e crescimento econômico.

Lula aceitou o desafio e encarnou o conselheiro. Em um discurso de 40 minutos, citou avanços de seu governo, citando a criação de empregos, a redução da miséria, o aumento do salário mínimo e a criação do bolsa família e elogiou sua sucessora, Dilma Rousseff. “Não conheço um governo que tenha exercido a democracia como nós exercemos”, afirmou, no tom ufanista que lhe é característico.

Então, lançou-se aos conselhos. Primeiro criticou “uma geração de líderes” mundiais que “passou muito tempo acreditando no mercado, em Reagan e Tatcher”, e recomendou aos líderes da União Europeia que assumam as rédeas da crise com intervenções políticas, e não mais decisões econômicas. “Não é a hora de negar a política. A União Europeia é um patrimônio da humanidade”, reiterou.

Na saída, estudantes cantaram a música Para não dizer que não falei de flores, de Geraldo Vandré, e se acotovelaram aos gritos por fotos e autógrafos do ex-presidente, que não falou à imprensa. Impressionado com a euforia dos estudantes, Descoings comparou, em conversa com o Estado: “A última vez que vi isso foi com Gorbachev, há cinco ou seis anos. Mas com Lula foi ainda mais caloroso”.


Em tempo: Prezado PHA,

Deu no jornal Estadão (sucursal tucana): Uma pesquisa autóctone dos graduados tucanos contatou: Dilma ganharia de padim pade Cerra já no primeiro turno. O atônito, mas (parece) conformado Jutahy Junior (BA), ainda ironizou: “Felizmente tiveram bom senso de não colocar outro nome na pesquisa, a não ser o do Serra”. E, num surto de desconfiança numerária diante dos circunstantes, quis saber: “Quanto pagamos para falar mal da gente?”. Sérgio Guerra deu de ombros como resposta à indagação. Fonte: http://blogs.estadao.com.br/radar-politico

Atenciosamente,


Josival Araújo

NAVALHA


Clique aqui para ler sobre a restrição que a Casa Grande faz a Lula e ao prêmio em Paris.

Suspeita-se que a restrição mais preconceituosa ao prêmio do Nunca Dantes tenha partido da correspondente do Globo em Paris.

Clique aqui para ler sobre a ética da Globo, na voz de Jô Soares.



Paulo Henrique Amorim
O baitasar publica e-mail recebido do Prof. Manoel José


Colegas,
 
Estão abertas as inscrições para a II Jornada sobre o Ensino do Holocausto. Esta é a segunda edição do evento que já ocorreu no ano passado e é uma promoção da Assessoria de Relações Étnicas da SMED, junto com a UFRGS, a Secretaria de Educação do Estado e com entidades da comunidade judaica. Ocorre no dia 22 de outubro, na UFRGS, no Campus Central, pela manhã e pela tarde (com o almoço incluído na programação). As inscrições são gratuitas e já estão abertas no site da SMED, no seguinte link:
 
 
Também podem ser feitas através dos links que estão abaixo
No anexo segue o flyer eletrônico de divulgação com a programação da jornada.
No ano passado a atividade teve um aproveitamento e uma repercussão muito boas. Vale a pena conferir!!
Peço que divulguem com colegas de outras escolas.
Grande abraço!!
 
Manoel José Ávila da Silva
(51)98338822

As inscrições para a II Jornada já estão no ar.
Ou na WWW.difusaocultural.ufrgs.br  programação+reflexão.
--
Sinara Robin
Departamento de Difusão Cultural - DDC
Pró-Reitoria de Extensão
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(51)3308 3933 ou 3308 3034
skype sinara.robin